quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Equinodermos





Características Gerais:
Todos os representantes do filo são de vida livre, sendo raras as espécies comensais. Em geral, os sexos são separados, sem dimorfismo sexual externo, com exceção dos Concentricycloidea, que apresentam, inclusive, órgão copulatório. Algumas espécies passam por um estádio larval planctônico, enquanto outras são vivíparas. Apesar de raro entre os Echinodermata, o hermafroditismo tem sido relatado em algumas espécies.
O alto poder de regeneração dos integrantes deste filo confere a algumas espécies a capacidade de se reproduzir assexuadamente por fissão, um processo de divisão do corpo que resulta em novos indivíduos completos e funcionais.
Embora a grande maioria das espécies seja marinha, algumas toleram a água salobra. Podem ser encontrados em todos os oceanos, latitudes e profundidades, da zona entremarés às regiões abissais, sendo mais abundantes na região tropical do que nas águas polares.
São predominantemente bentônicos, ocupando diversos tipos de substrato. Umas poucas espécies de holotúrias, porém, são pelágicas. Tendem a apresentar distribuição agregada, sendo encontradas em altas densidades. Em locais onde as condições são favoráveis, o substrato pode ficar totalmente coberto por ouriços-do-mar, ofiuróides ou estrelas-do-mar. Constituem o grupo mais abundante de animais dos fundos marinhos, chegando a compor 90% da biomassa total nas regiões abissais.
Muitos são adaptados para se fixar a substratos rochosos, enquanto outros vivem em substratos lodosos, arenosos, em madeira submersa ou em epibiose.
A estrutura corporal dos equinodermas baseia-se na existência do sistema ambulacrário. Tomando como exemplo a estrela-do-mar, a face do corpo voltada para o solo ou outro substrato é a face oral; a oposta é a face aboral, onde está o ânus e a placa madrepórica. Essa placa é perfurada e permite a entrada de água do mar, que preenche todo o sistema. Pelo canal madrepórico, a água alcança o canal circular, onde existem dilatações chamadas vesículas de Poli. Dessas vesículas, saem cinco canais radiais, que se dirigem para os braços. Ao longo desses canais radiais, há centenas de pequenas bolsas, chamadas ampolas, de onde partem os pés ambulacrários.
O sistema digestivo é completo. Os ouriços-do-mar possuem, na boca, uma estrutura raspadora chamada lanterna-de-Aristóteles. As estrelas-do-mar são capazes de everter o seu estômato, introduzindo-o no interior de conchas de moluscos, digeridos ainda vivos.
O sistema circulatório é ausente ou rudimentar, e a distribuição de materiais faz-se através da cavidade celomática. A excreção é feita diretamente através da água que ocupa o sistema ambulacrário, não havendo nenhuma outra estrutura excretora especializada.
As trocas gasosas ocorrem por difusão, entre a água do mar e a que ocupa o sistema ambulacrário.
O endoesqueleto é constituído por placas calcárias, distribuídas em cinco zonas ambulacrais alternadas com cinco zonas interambulacrais. As zonas ambulacrais possuem numerosos orifícios, por onde se projetam os pés ambulacrais, estruturas relacionadas com a locomoção. Na face dorsal do esqueleto há uma placa central ou disco (onde se abre o ânus), rodeada por cinco placas, cada uma com um orifício genital. Uma dessas placas exibe, além do orifício genital, numerosos poros ligados ao sistema ambulacral: trata-se da placa madrepórica. Assentados sobre as placas estão os espinhos, dotados de mobilidade graças aos músculos presentes em sua base. Entre os espinhos, pequenas estruturas com a extremidade em forma de pinça, as pedicelárias, constituídas por dois ou três artículos, com funções de defesa e limpeza da superfície corporal.
Na reprodução sexuada os animais são dióicos e de fecundação externa. Nos ouriços-do-mar a larva é equinoplúteus, enquanto nas estrelas-do-mar as larvas são bipinária e braquiolária. São animais muito usados para estudos do desenvolvimento embrionário e partenogênese.
A regeneração é muito intensa. Na estrela-do-mar, além de regenerar os braços, se dividida em várias partes, cada parte dará um novo indivíduo e podemos então falar em reprodução assexuada. Os pepinos-do-mar, quando perseguidos, podem eliminar parte de suas vísceras e depois regenerá-las.

Os equinodermos são todos marinhos, mas não nadam e não flutuam, eles se arrastam ou ficam fixos ao fundo ou em rochas. Apresentam espinhos recobertos por uma fina camada de pele. Assumem diferentes formas e tamanhos, apresentam simetria radial, isto é, seu corpo é dividido em duas metades idênticas. Sua locomoção se dá com o auxílio do sistema ambulacrário, que funciona com a pressão dá água que circula dentro de tubos que ficam interligados aos pés (encontrados aos pares). Sua respiração é branquial e seu esqueleto é formado por placas de calcário, sendo desta maneira bem resistente e desenvolvido. O sistema digestivo é bastante simples, havendo uma boca e o ânus. A reprodução se dá em animais de sexos diferentes, que liberam seus gametas masculinos e femininos na água (fecundação externa). Sistema excretor ausente. Sem cabeça, corpo disposto ao longo de um eixo oral-aboral. Todos são animais grandes e nenhum é parasita ou colonial. Existe uma considerável controvérsia quanto aos grupos do filo que seriam os mais primitivos. Alguns zoólogos dão preferência as formas sésseis, enquanto outros acreditam que os de vida livre teriam surgido primeiro. Os equinodermos têm cinco classes.

Asteróides: as estrelas do mar abundam em quase todas as costas marinhas, especialmente em praias rochosas e ao redor de pilares em portos. Várias espécies vivem desde linhas de mares até profundidades consideráveis. Seu corpo consiste em um disco central e braços afilados. Apresentam esqueleto externo de calcário e se locomovem através da circulação de água por seus pés ambulacrais.

Ofiuróides: Os ofiúros possuem cinco braços longos e finos e móveis, unidos em um disco central. Não apresentam ânus, apenas a boca. Por causa da sua aparência são também chamados de serpentes do mar.

Holoturóideis: Os pepinos do mar, também conhecidos como holotúrias, apresentam um comportamento diferente. Quando as condições estão ruins, ou mesmo quando estão sendo atacados, soltam parte de seu intestino e enquanto seu predador se ocupa com parte de seu sistema digestivo, ele foge.

Crinóides: Semelhantes a flores são chamados de lírios do mar. Normalmente ficam fixos em rochas ou mesmo no fundo da mar. Seu corpo é um pequeno cálice em forma de taça, de placas calcárias, ao qual estão presos cinco braços.

Equinóides: Seu esqueleto é interno e composto por calcário. Geralmente apresentam espinho em grande quantidade ao redor do corpo que auxiliam na sua locomoção e servem pra sua proteção contra predadores. Os ouriços do mar apresentam o tubo digestivo completo, com boca e ânus.

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